quarta-feira, 25 de agosto de 2010

te amo

te amo 1
eu odeio pão véio, alana come qualquer pão: tem pão novo? pão véio? pão quadrado? pão grande?
eu digo te amo toda hora, não é banalização, é vício. amo mesmo, sempre acho que tô morrendo então não perco tempo: amo todo mundo e digo sempre.
segue o princípio do fim diálogo:
"mãe, quero pão..."
"Alana, eu sei o quanto eu te amo quando te entrego o último pão fresco da casa"
"sei, tá bom mãe, agora me dá o pão, pufavoi?"
"snif, (lágrima que corre)"

te amo2
me lembro que dizia ao meu sobrinho calleu que na época tinha 5 anos: "sabia que eu te amo?" todos os dias.
um dia:
"sabia que eu te amo?"
"eu sei, eu sei..."
pergunta que NUNCA DEVE SER FEITA: "vc não gosta de ouvir que eu te amo?"
"mas é que vc diz muito, não consigo esquecer"
"snif, (lágrima que corre)"

te amo 3
mário acha que em alguma coisa se parece com o Han Solo (vide Guerra nas Estrelas), sempre que digo "te amo"  ele responde "eu sei". o que aconteceu com o eu também seguido de mil beijos? homem não é fácil, em compensação mulher é facinha, facinha...
"snif, (lágrima que corre)"

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

a gente só aprende fazendo

lendo um gibi enquanto esperamos a pneumo.
pois é, ladies and gentlemen, castigo funciona. achei que com o tempo eles sacassem e nos enrolassem, porque era o que estava acontecendo aqui na minha casa. alana tava me fazendo de gato e sapato. um beijo aqui, um "pufavoi" ali, um te amo acolá e pronto, eu cedia. juro que nem percebia, achava que se o castigo que passasse de um determinado tempo ficava sem sentido, como dizem as supernannys e sempre usei o limite de tempo igual a idade dela. castigos de 5 minutos nao estavam funcionando e nos não gostamos desse negócio de bater (embora não seja contra um tapa na bunda e sou super contra a lei que quer botar pais na cadeia por causa disso, porque como em  tudo na vida, com excessos nunca conseguimos atingir nossos objetivos). sei de casos de abusos e de casos de uma ingratidão de cortar o coração, por isso posso dizer que tudo tem que ser avaliado lenta e profundamente. é lógico que casos de abusos devem ser levados a sério e com urgencia, como a gente pode notar os resultados dos casos mal avaliados, nao se deve brincar com a segurança das crianças. mas estava mesmo falando de castigos e nao punições físicas. seguinte: alana na ultima semana dormiu na sala de aula. fez xixi na roupa e precisou de fralda e roupas limpas. no primeiro dia achamos que era um fato isolado porque ela está tomando muito remédio, da gripe e da neuro. tem comido mais do que o comum, o que a gente já esperava e tem molhado a cama TODAS as noites, o que faz com que ela acorde na troca e nao durma mais. em suma, acorda cedo, quer cochilar à tarde. no segundo dia fui chamada para buscá-la pq havia dormindo outra vez. levei aquela chamada básica de que nao temos estrutura pra sonecas, nao sabemos colocar a fralda direito pq ela já é grande e vaza tudo, ela acorda assustada e agressiva. eles nao estão errados. sonecas só em casos extremos. duas vezes seguidas estavam sinalizando hábito. no terceiro dia a professora tentou distraí-la quando ela quis dormir e a moça virou uma fera. ficou agressiva com os colegas, sequestrou brinquedos, tirou fantasia, brigou com a professora. fui buscá-la e resolvi começar o trabalho desde aquele momento. expliquei pq ela estava indo embora antes da aula de musica (que ela adora), expliquei que estava muito chateada e que ela estava de castigo, que ficaria no quarto só com os brinquedos, sem tv e sem computador. foi dificil, ela chorou, esperneou mas ficou. de vez em quando aparecia na sala e eu só olhava e ela saía correndo. fui dar comida no quarto (inédito), fui dar remédio, fui dar boa noite. eu e o pai explicávamos a toda hora o porque de ela estar de castigo e como ela devia fazer para reconquistar nossa tv e computador confiança. eu fiz, achando que ela nao tava nem aí, ou pior, que ela nao se lembraria do que aconteceu e voltaria a ser a ferinha da semana na escola. também estava com pena porque o castigo incluia ficar em casa e o findi foi ensolarado e quente.ela teve autorização para ficar na sala com a gente, mas nao mandaria nas mídias.toda vez que ela pedia discovery kids ou computador a gente explicava o porque não. e ela respondia: tá bom, tá bom... na segunda feira, ainda no discurso "você pode conseguir o que quiser se você se comportar" , eu achava que nao daria certo, porque ela molhou a cama de novo (criança grande, bexiga grande), tomou as medicações normalmente e anda teve que acordar cedo para ir á psicóloga. dormiu no onibus e eu, mesmo prevendo o pior, deixei que ela dormisse numa viagem de 20 minutos. achei que ela ia chegar em casa e se grudar nos travesseiros. surprise!!! comeu, tomou banho e foi pra aula, lembrada de como seria bom se ela fosse comportada e nao batesse em ninguem. fiquei em casa esperando o telefonema para buscá-la. e quando chega a hora da perua/kombi escolar trazê-la de volta a tia motorista me surpreende com o recado: a professora pediu pra dizer que foi o melhor dia do ano!!!! se comportou, ajudou, brincou, fez trabalho, educação física, comeu, foi ao banheiro sozinha, nao dormiu, enfim, tudo que uma mãe espera de seu bebê em pleno exercício da civilidade na escola. funcionou, e eu estou muito feliz. agora sei que castigos funcionam se forem sérios e explicados. agora sei que um findi sem tv e computador nao mata nem aleija. agora sei que posso ser firme sem ser injusta ou carrasca. agora tenho que costurar, té mais. 

sábado, 14 de agosto de 2010

sobre posts e ser super

Eu gosto de escrever, sempre gostei, mas está na minha personalidade ser crítica, principalmente comigo. eu nunca entendi direito o conceito de "pena de si mesmo", mas vou fazer o possível para que os outros posts não reflitam tal conceito inerente na minha persona. e essa coisa de se sentir inadequada como mãe, acho que muitas de nós de sentem assim e também por isso procuramos melhorar a cada dia, a cada gripe, a cada tombo, cada stress. estava fuçando na internet sobre livros, que é um tema que eu amo e não sei porque cargas d'água, talvez por essa eterna vontade de melhorar  e esse absurdo senso de inadequação, eu amo livros de auto ajuda. uma vez alguem fez uma piada no saturday night live sobre livros de auto ajuda: se você precisa de ajuda e você vai ler o livro, escolheu a pior pessoa pra te ajudar! faz todo o sentido do mundo mas ainda gosto. daí achei um título em inglês: Life is too short to... esqueci, juro que fui procurar e nao achei mais, esqueci mesmo...mas o importante é a temática. o amazon libera umas páginas pra gente ler e eu vi que o meu medo de não ser adequada ao título de mãe moderna é comum a zilhões de mães. e que a nossa sociedade atual nos pressiona tanto a tantos papéis que é impossível ser tudo, não somos duas ou três e nem com ajuda a gente consegue fazer tudo e ser o máximo em tudo. então escolhi ser a melhor mãe do mundo e o resto vem com o tempo que sobra. não vai ser fácil, sempre sonhei alto e sempre achei que chegaria longe em vários aspectos. abrir mão e ser regular ou ordinária (no bom sentido) nas outras facetas da vida é algo que tenho que trabalhar (muito) mentalmente e dar importância ao que realmente importa, que é o que a gente resolve priorizar. ser super cansa e a gente simplesmente é vencido pela exaustão. isso dá tanta conversa que eu queria ter um monte de gente pra discutir sobre isso, mas fica o convite para meus amigos e amigas blogueiras pra falar a respeito.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

compartilhando inseguranças (espalhando paranóia)

no outro post fiquei me questionando enquanto super mãe e agora acho que sou mesmo super mãe enquanto mãe de alana, porque somos muito parceria, mano. é que eu fiquei gripada junto com ela DE NOVO! eu sei, eu sei, imunidade de merda essa nossa, mas que é que eu vou fazer? nós comemos, tomamos vitamina C e tentamos evitar contato com pessoas resfriadas. mas a gripe nos caça e cá estamos nós, com o corpinho todo trabalhado no vírus, no catarro, na tosse e na meleca. nebulização, paracetamol e resguardo. nem depois do parto me resguardei tanto. e a gora li sobre uma nova bactéria resistente a TODOS os antibióticos existentes. Bora mandar o gringos pra amazonia em busca do sapo cururu do papo amarelo e das pernas roxas, pra procurar o antídoto desta coisa. porque se existe um lugar que tem remédio pra tudo é a amazonia. Pfizer, Janssen e todos os seus concorrentes fiquem a vontade. Todo ano me apavora essa história de novas doenças e novos bichinhos, mas fazer o que? eu acredito que um dia viveremos num mundo livre destas coisas todas, mas enquanto isso, como diria o protex, LAVE, LAVE...

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

gripe

alana com pouco mais de um mes e 900gr.
naquele tempo eu era uma super mãe, e agora?
minha fofíssima tá doente de novo. não sei se são duas gripes seguidas ou uma que se complicou. amanhã vamos ao medico ver isso. além da dor de ve-la doente, estamos perdendo coisas, aulas, nataçao, ginastica, passeios, reuniões. e ultimamente eu, que nunca consigo deixar de pensar em mim, estou em crise de identidade maternal. quem me conhece sabe da minha fibromialgia, e que preciso de medicação para dormir, e durmo, gentem, durmo mesmo. portanto quem fica com a alana nas febres e crises é o pai! sim, o pai é a mãe...tá certo que eu fico de dia, o dia todo do lado, paparicando e dando remedio e carinho. tá certo que eu cuido dos remedios que faltam e faço com que ela os tome e coma bem pra se recuperar logo. tá certo que vou atras dos médicos e de qualquer outra necessidades dela. tudo isso devia me deixar confortável, mas parece que sempre falta algo. parece que o sacrificio mor são as noites em claro, e eu durmo! ele tb dorme mas fica do lado o tempo todo. é um pai maravilhoso, excelente e super cuidadoso. mas já ouvi amigas dizendo: você dorme quando ela tá doente? como consegue? tome bola amiga e vc vai ver como consegue dormir até debaixo d'água. não tomo bola pq quero, odeio e pode estar destruindo meu figado, mas se eu nao dormir nao consigo cuidar dela durante o dia. o pai é mais forte e consegue suportar melhor o frio, a fome e o cansaço. eu não. durmo pensando nela, acordo e vou direto no quartinho dela e já acordei no meio da noite pra ve-la. mas parece que se eu nao for a mãe sofredora padrão algo está ,errado. amo tanto minha gordinha que fico um caco por dormir, mesmo sabendo que ela está dormindo. estou louca? sou louca? estou com pena de mim? quem quiser palpitar fique a vontade. bjs, vou dormir, a febre baixou.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

desafio de 10 dias (quase 10 semanas)

finalizando o desafio dos livros: o livro mais antigo que li ou que tenho. vou falar sobre o livro mais antigo que eu me lembro ter lido, mas nao o tenho. acabei de descobrir que ele ainda existe e vou encomendá-lo assim que terminar o post, pq me traz ótimas lembranças de mil e novecentos e guaraná com rolha. o nome do livro é  O gato que pulava em sapato. foi da minha primeira fase biblioteca e nao me lembro se foi o primeiro, mas foi um dos primeiros. e eu o pegava tantas vezes que a bibliotecária me proibiu de pega-lo, o que foi cruel, mas me induziu a pegar outros livros, com mais texto e menos desenhinhos bonitinhos. mitas saudades dessa época e (pasmem) eu tenho a carteirinha da biblioteca até hoje. ai, ai...

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

então

alana "pintando a cabeça"
quem lê o blog, e alguns me garantem que o lêem, sabe da minha dificuldade pra dar nome aos posts. além dessa dificuldade tenho outra: medicar minha filha. desde a descoberta do asperger temos procurado todos os meios para providenciar o melhor tratamento disponível dentro do nosso orçamento classe "C" com passagem comprada para classe "D". Outro dia uma senhora aqui no condomíno disse que somos classe media baixa e eu soltei uma gargalhada, que teve que ser disfarçada com um "lembrei de piada que me contaram ontem", e imaginei o que essa pobre senhora estava pensando quando mencionava uma classe social inexistente e...vejam só como eu mudo de assunto! chama-se pessoa que não mantem o foco e esse tem sido meu nome por um longo tempo. então, sobre o tratamento, decidimos consultar outra neurologista, seguindo a sugestão da pneumo, dra. Simone, e essa neuro, dra. Natália, pareceu muito interessada na história dela, mas nos deu uma sugestão, logo de cara, de introduzir medicação no tratamento da alana, que até agora teria ficado no psico-pedagógico fantasma, pq mais eu vou ao psicólogo do que ela. Depois de confabularmos aqui em casa decidimos experimentar por um mês e ver como ela vai se sair. a príncipio o remédio ajudaria a ela na concentração e ela perderia alguns medos infundados. afetaria o comportamento deixando a guria mais calma, mais fácil de lidar. parece bom, mas nao sei se é ainda. então estamos em alerta, torcendo pra que seja bom, não queríamos que fosse necessário, mas logo saberemos...

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