segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Postinho ou postzinho?

Minha prenda!!!!
Sempre tenho duvidas sobre como escrever mas muito mais sobre o que escrever. As coisas continuam acontecendo, o tempo voa, mil coisas pra fazer, pouco tempo e administração zero. Confesso que é mais rapido ir no face e deixar um recadinho sobre como estamos, o que fizemos ou sobre o que eu sinto em relação a qualquer coisa. Daí o blog fica abandonado. Acho ruim, nao faço tranquilamente, me preocupo com o abandono do pobre blog. Mas isso nao muda o fato de que nao sobra tempo. E é um computador pra três, daí já viram. Mas então, antes que o postinho vire postão vamos ao que interessa. Tivemos reunião na escola dia desses, eu fico suuuuuuuuper tensa mas fui, esperando o pior. E ele veio, nao o pior, mas noticias ruins. A professora expressou sua frustação de nao conseguir fazer com que Alana aproveite mais a escola, pq ela perdeu o interesse. Eu já sabia disso, mas ela quis falar e eu deixei. A preocupação dela e da coordenadora é que Alana nao se interessa e nao faz o que deve fazer, as sondagens, os trabalhos porque ela nao vê motivo pra fazer o que nao tá afim. Ainda reclamaram da falta de entrosamento com a psicologa, que sempre marca e nunca vai na escola. Eu fiquei bem chateada, mas já sabia de tudo isso. Como tinha conversado com a neuro na mesma semana e ela já tinha me orientado a conseguir apoio pedagógico pra Alana eu sugeri que isso pudesse nos ajudar. Além disso sugeri, baseado no que leio e nas experiencias de outras maes, que uma mediadora poderia ser tb uma solução. Claro que o custo é dos pais, e nao sei bem como funciona, mas nao entrei nesse mérito. Mesmo devendo as calças temos que custear tb isso. Soluções virão, temos fé. Enfim, ainda nao sei o posicionamento da escola com respeito a mediação, mas prefiro isso ao apoio pedagógico em outro horario, até pq nao existe outro horario para nós. Se nao pudermos colocar uma mediadora veremos o que fazer. No mais está tudo bem, Alana está bem de saúde e cada dia mais fofa e linda. Algumas malcriações, menos videogame, mais cachorreira, mais beijoqueira. Coisa mais fofa!

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Pequenas felicidades -post #2


Novamente participando da BC Pequenas Felicidades, iniciativa da Rita, do blog Botõezinhos.

       
           Essa semana foi meio difícil por causa da minha mega gripe que não passou ainda e se eu não tivesse me vacinado ia achar que a era a maldita gripe A. Desmarquei todos os compromissos pq só tinha energia pra mandar Alana devidamente limpa e alimentada para a escola, e ainda faltou um dia. Mas tenho certeza de que se eu pensar bem consigo achar motivos para ser grata, motivos bem felizes.



  • Alana está bem
Esse é uma super felicidade pq nós sempre engatamos gripes juntas e dessa vez ela ficou com a narizinho escorrendo e só. Nem perto da gripe que eu peguei. Tá saudável, bonita e se aproveitando de mim como nunca. "Mãe, se vc tá com dor não vai conseguir me levar pra escola", diz ela cheia de esperança. Dei um jeito em 4 de 5 dias. Tá bom, né?


  • Alana tá bem na escola

Tirando o dia de ficar no banheiro ela tem se comportado muito bem como ela mesma diz. A avaliação do trimestre chegou e ela esta indo bem , mesmo em campos que tínhamos duvidas, como a matemática e o raciocínio lógico. Esta mais independente e participando mais nas aulas. Esta evoluindo no inglês e melhorou na educação física. Até participou de uma apresentação de dança em que eu estava com duvidas se ela ia conseguir acompanhar e foi bem. A gente estimula e espera, mas sempre se surpreende com os resultados.


  • Limpeza.

Fiz uma lista de limpeza radical há um tempo e consegui terminar essa semana. Demorou mas consegui e isso me deixou bem feliz. Agora tenho que programar um jeito de arrumar tudo na semana sem me matar toda vez que tento arrumar a casa. Comigo tem que levar mais tempo, mas fico satisfeita do mesmo jeito.
                                                                     imagem daqui



  • Estou pensando em voltar a trabalhar

Tenho até medo de falar, toda vez que faço planos acontece algo! Estamos mais tranqüilos com Alana na escola e quem sabe eu consiga algo pra fazer as tardes no período de aula dela? Pelo menos agora não sou chamada quase todas as tardes pra busca-la antes do horário.



  • Meu pé meu querido pé!

Eu estava há muito tempo com um problemas nos pés que eu não sabia o ue era e estava me dificultando muito andar, inclusive aposentei meus saltos por isso. Achava que era da fibro ou do sobrepeso. Nada disso. O nome do negocio é desidrose, descama todo o pé, ele se desmancha e cria mais pele pra compensar, ficando com aspecto horroroso e todo empedrado. Tenho ido no podologo uma vez por mes ou mais. É uma alergia e a dermato disse que meu pé está em carne viva. Não é a toa que doía o tempo todo. Estou cuidando e está incrivelmente melhor, na mesma semana já mudou da água pro vinho. To muito feliz com isso.
                                                                     imagem daqui

  • Alana musical
Essa musicoterapia já tá fazendo um efeito enorme na Alana, ela está mais cantora, mais focada e mais organizada. Eu super recomendo pra crianças inquietas, ela está muito mais calma mesmo, e mais feliz.

                    Esse foi no primeiro dia, nem precisa dizer que ela amou. Prometo vídeo novo com outros instrumentos.

É isso, a gente sempre tem felicidades pra contar.bjs.

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Limites

Alana tem tido bons momentos na escola. Até ontem, quando se recusou a sair do banheiro. O pai foi buscá-la e ela chega em casa com a maior cara lavada como se nada tivesse acontecido. Ouço isso de várias mães. Eles, os pequenos fazem algo que muda toda rotina da familia e em seguida agem como se nada houvesse acontecido. Tentamos dar limites. Tentamos não, damos limtes. Damos não, o pai dá. Não, não acho bonito admitir que eu sou a parte fraca da corda. Alana sabe disso também. Agora, nesse momento quer sukita. Não é mais hora de tomar refri e nem devia tomar refri hoje pq nao é fim de semana. Culpa da mãe. Uma gripe tão horrorosa me pegou que nao consegui nem fazer almoço. Pedi comida e pedi o refri. Não devia, mas pedi. Agora ela quer. O pai já disse não, eu confirmei o não, mas ela se jogou no chão e chorou. Confesso que se estivesse sozinha com ela acharia que ela estava realmente com sede e que um golinho nao ia matar.Ainda bem que nao estou sozinha com ela. Hoje ela me dobraria. Muitas vezes sou firme, juro, mas qdo estou mal evito problemas, nem falar tá facil hoje. É difícil educar uma menina que vem com olhões cheios d'agua e beijos pedindo comida que nao deve comer. Mas pensar que é para o bem dela ajuda. Mas é cansativo as vezes, muitas vezes. Desistir nao é uma opção e hoje foi dificil muito mais por mim do que por ela. Ela está numa fase geniosa, e eu numa fase cansada. Quem disse que ia ser fácil

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Pequenas felicidades - post 1


imagem daqui
Estou estreando na blogagem coletiva Pequenas Felicidades, iniciativa da Rita do blog Botoezinhos. Gosto de blogagens coletivas mas nao sou uma blogueira constante portanto vamos tentar postar sempre.
Vamos as felicidades.


  • Volta as aulas sem problemas. Ela tava tão bem nas ferias e nao queria voltar pra escola.Mas voltou bem, sem reclamar e fazendo as atividades. Até agora ninguem me reclamou de nada, então conclui que está tudo bem na escola.
  • Alana fez tema de casa sozinha. Eu nao tirei foto mas fiquei tão feliz que ela leu e fez tudo sozinha, é um grande passo pra ela, que sempre reclama de ter que fazer os temas. e ainda de matemática que sempre demora mais pra ela entender. Um grande passo na sua independencia.                                          
    imagem daqui
  • Achei um livro ótimo sobre autismo: Mundo Singular. É bem fácil de ler, preço bom, e eu já li quase tudo. Há tempos eu nao lia algo com tanto gosto e isso é bom porque tenho muito problema pra me concentrar e ler um livro inteiro. Recomendado pela neuro da Alana.                                                  
  • Novo remédio está causando efeitos melhores que o esperado. Alana está tomando Bupropiona e eu fiquei meio cética depois do evento com a Ritalina. Mas o remedio a deixou mais calma e atenta, sem aquele sono louco. Só a fome continua incomodando e a gente tem de ficar de olho no peso.
  • Estou conseguindo manter pelo menos a sala da minha casa limpa e arrumada. Pra quem tem fibro sabe que isso é uma grande vitória e motivo de muita felicidade.
  • Imagem daqui
                                         
Por enquanto é isso, muitas coisas pra comemorar e poucas pra reclamar. Assim a gente vai seguindo. Boa semana a todos!

domingo, 29 de julho de 2012

Férias bem curtidas.

Criança e cachorra de férias.
Tivemos 15 dias de férias escolares. Minha proposta mental foi priorizar as férias da Alana, queria fazer um monte de coisas, mas sempre que surgia algo pra pequena se divertir eu largava tudo e ia. Iniciamos indo cuidar da nossa espiritualidade, 3 dias de congresso sobre resguardar nosso coração. Foi ótimo e Alana até fez novas amiga, a Sabrina e a Manoela e reviu uma amiga, a Júlia. Depois descansamos, quer dizer, eu descansei e ela jogou wii, muito wii. Deixei que ela brincasse bastante e dormisse bastante, acho que férias são férias. No fim de semana seguinte tivemos festa da Larissa e apesar do frio horrivel ela se divertiu, dançou e voltou pra casa bem feliz. Na outra semana eu tive encontrinho com blogueiras queridas, e Alana foi junto, lógico. Não posso dizer que ela se divertiu mas se comportou muito bem, depois fomos comprar um brinquedo que ela queria faz tempo. E mais wii w mais computador. No findi seguinte fomos a Redenção, estava bem cheia e fomos acompanhadas. Apesar de muita gente e uma certa correria e birra foi bem bom, ela se divertiu com uma amiga que conhece faz tempo mas nao tinha se aproximado, a Larissa. Na terça fomos no cinema ver Era do Gelo e tb estava bom. Pra vcs verem fizemos bastante coisa, passeamos e descansamos. Entre um passeio e outro muito wii. Agora na semana vamos voltar as aulas. Estou preocupada pq Alana anda dizendo que nao quer mais ir a escola. Eu sei que ela vive uma situação específica mas eu nao entendo isso. Minha escola era fulera, estudei em barraco de madeira, nao tinha nem metade do material escolar que pedem hj e eu amava a escola. Ela simplesmente nao gosta mais. To bem perdida, sem saber o que fazer pra isso melhorar. E amanhã faremos o tema, na ultima hora, mas espero que gere uma ansiedade de voltar a aula. Ela adora ler, gosta dos amigos, adora companhia, gosta da profi, nao sei pq ela nao quer voltar. Enfim, logo saberemos como ela vai reagir. Bom inicio de aulas a todos.
 
esperando pra ver Era do Gelo
com Larissa na Redenção

                                                                                                                                              
com a Manoela                                                                  
                                                                                                         
descanso merecido.

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Lady Alana

Demorei pra vir postar pq nao tive muito tempo nem muita paciencia. Mas nao é justo vir aqui só pra reclamar, então vamos as novidades. Alana está uma lady. Depois daquele furdunço das medicações e ataques a coisa toda tomou outro rumo. Seguindo orientação médica (sempre) retiramos a Ritalina, pois não houve o resultado esperado. E aumentamos um pouquinho a Risperidona. E num piscar de olhos a guria mudou. Voltou ao que era só que melhor. Comigo, pelo menos, anda super obediente. Na escola melhorou, mas ainda anda resistente com as tarefas. Ela reluta e adia o máximo. Eu não sei porque, simplesmente não colabora. Mas o comportamento melhorou. Eu não sei como convencê-la de fazer as tarefas. A gente conversa, ela concorda, se comporta por um ou dois dias e volta a não colaborar. Vejo que a professora fica meio chateada, sei que é difícil, mas ainda nao sei como ajudar. A neuro nos sugeriu um apoio pedagógico, mas a grana tá curta, vai ter que esperar um pouco. Quando eu era criança eu amava a escola, mas ela eu não sei. As vezes diz que gosta, as vezes diz que não quer ir. Gosta dos amigos, depois reclama deles. Além de ela ser bem caseira, mas quando temos que sair ela vai numa boa. Tivemos eventos de ginastica, apresentação na escola com roupa de gaúcho, sessões de cinema, congresso, jantinhas na lanchonete aqui debaixo, na mesma rua, muito video game. E como já disse, ela está um amor, bem carinhosa e obediente. Está crescendo e isso também conta, fica menos manhosa.E vamos levando a vida que, embora difícil, está agradável. E frio, muito frio.

terça-feira, 3 de julho de 2012

Carta Aberta ao CONAR



Carta Aberta ao Conar
Duas recentes medidas do Conar referentes aos abusos da publicidade voltada para as crianças nos deixaram preocupados e ainda mais descrentes da atuação deste órgão com relação à proteção da infância.
A primeira foi a decisão de sustar a campanha da Telessena de Páscoa por anunciar para o público infanto-juvenil um produto que só pode ser vendido para maiores de 16 anos (de acordo com regulamentação da SUSEP). A segunda foi a advertência dada pelo Conar à Ambev, com relação ao ovo de páscoa de cerveja da Skol.
Ambas atitudes do Conar seriam dignas de aplausos – se tivessem sido tomadas quando as campanhas publicitárias estavam no ar, na Páscoa, em março. Mas o Conar só agiu em junho, quando as campanhas já não eram mais veiculadas.
Com isso, não houve nenhum impedimento para que a mensagem indevida da Telessena atingisse impunemente milhões de brasileirinhos e que a Ambev promovesse bebida alcoólica através de um produto de forte apelo às crianças. A advertência à Skol é ainda mais ineficaz, pois não impede que no próximo ano, produto semelhante seja oferecido.
O Movimento Infância Livre de Consumismo vê nessas decisões a comprovação de que o atual sistema de autorregulamentação praticado pelo mercado publicitário brasileiro é lento, omisso e ineficiente. Fato ainda mais grave quando se trata da defesa do público infantil.
Por isso, exigimos que a publicidade infantil sofra um controle externo como todas as atividades empresariais. Reiteramos nossa postura de que, sem leis e punição, jamais teremos uma publicidade infantil mais ética.
Nós, mães e pais, exigimos respeito à infância dos nossos filhos e solicitamos que estas duas atuações não constem dos autos do Conar como casos de sucesso. Contabilizar pareceres dados depois que as campanhas saíram do ar, como exemplo da firme atuação do Conar, é propaganda enganosa. E isso contraria o tal Código de Autorregulamentação que os publicitários insistem em tentar nos convencer que funciona.

***
[Este texto faz parte de uma blogagem coletiva proposta pelo Movimento Infância Livre de Consumismo juntamente com blogs parceiros. Este movimento é composto por pais e mães que desejam uma regulamentação séria e eficiente da publicidade voltada para crianças. Para saber mais acesse: http://www.infancialivredeconsumismo.com. br ]

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Novidades

Maquete do semestre: castelos
Eu tenho sido uma figura muito presente na escola da Alana. Levo todos os dias e fico olhando o comportamento antes da aula. Fico lembrando Alana das tarefas que tem que fazer ao chegar na escola, já que me foi cobrado dar mais autonomia a pobre da criança. Sou sufocadora e superprotetora. Não acho bonito ser assim nem falar que sou assim, somente sou assim. Em minha defesa o começo da maternidade foi turbulento e sou mãe de primeira viagem e o que chamam de mãe velha. Não dá pra nao ser superprotetora com todos esses atributos. Enfim, deixa a mãe pra lá um pouco e foquemos na criança. Tem que chegar, guardar agenda, guardar o lanche, entregar o tema (lição de casa). Tem que fazer as atividades até o fim, coisa que pra ela é dificil, e tem que obedecer, coisa mais dificil ainda. Alana acha que as coisas tem uma rotina que não deve mudar. Cada mudança é um stress danado e por mais de duas semanas ela estava bem dificil de lidar. Chama a mãe, conversa, castigo, conversa, "obedece, minha filha",  mais conversa. Fomos na neuro. A neuro acha que ela está mesmo muito agitada, nao pára quieta, nao quer conversar, vamos aumentar a medicação. A mãe que confia tanto nos remedios, herança familiar, fica feliz e acha que as coisas vão se acalmar. Manda bilhete, "agora ela vai se comportar melhor", confia. Duas semanas de paz. Na semana seguinte pra surpresa de todos o comportamento piora, só pode ser pela mudança dos remedios, mas mudamos faz duas semanas, que será que houve? Nesse meio tempo ocorreu aquele fatídico dia que a mãe nao foi e a criança surtou, leia aqui, e após conversa, achamos que ficou tudo bem, mais ou menos bem, quase tudo bem. Todos os dias reclamações e bilhetes, chama a mãe pra buscar antes, Alana tá na sala da Beth (coordenação), comportamento agitado, desobediente, agressivo (quis bater na professora, olha isso!). E o comportamento ruim se estende pra fora da escola. Piti no restaurante, piti na reunião, piti em casa, piti na lanchonete, piti na psicóloga, piti na psicomotricista, piti na fono, acho que deu pra entender né? Eu não sei como lidar com a criança que se joga no chão e grita e eu não consigo tirá-la do chão. Comecei a ficar com medo de sair com ela sozinha. Se der um piti brabo, que é que eu faço? Não sabendo o que fazer, vamos na neuro de novo. Ela olha, escuta, examina e diz que ela desenvolveu um novo sintoma: TDAH. Eu achava que isso era doença, nao sintoma, mas ela disse que acontece no autismo infantil que o Transtorno de deficit de atenção e hiperatividade aparece ao longo do progresso da doença. Eu li em algum lugar que isso se chama comorbidade (posso estar errada), onde uma doença coexiste com outra mesmo com sintomas bem diferentes uma da outra. Quando era uma Alana autista os sintomas eram bem evidentes pra mim e eu estava aprendendo como lidar. Agora com Alana hiperativa mudou muito. É outra criança, muito diferente. To lendo um livro, assustador, nem tive tempo pra chorar, como dizem "o luto". Na epoca do diagnostico de autismo eu sofri horrores, agora eu fiquei muito chateada mas nao chorei. Estou sentida por ela. Vai ter que batalhar muito pra ter uma vida normal. Conheço alguns casos, muito tristes, pais e filhos sofrendo muito, fiquei temerosa pelo futuro da minha pequena. Até então o prognostico era bom, provavelmente com todo apoio que recebe ela tenderia a levar uma vida normal. Agora já nem sei, nem quis perguntar. Estamos com medicação nova, mas muito conhecida: Ritalina. O comportamento ainda é bem dificil, mas como disse a professora dela: um dia de cada vez. Vou tentar atualizar mais o blog, peço desculpa aos leitores, mas o tempo tá cada vez mais curto e eu to no fim do semestre, o que sempre é uma loucura. Minha fibro me castigou nas ultimas semanas, mas nada grave. Estou procurando informações, já que nao sei nada sobre isso. Ouvi que não é um bicho de sete cabeças, que é um diagnostico bem comum. Pode ser, mas pra quem nao sabe nada sobre é sempre um susto. Alana está sem muito apetite, bem teimosa e chorona. Continua super carinhosa, muito inteligente e dorminhoca. Enfim, seguimos na luta.

sábado, 19 de maio de 2012

Para Sandra

Quero começar esse posta dizendo que fiquei muito comovida com todos os abraços e consolo que recebei por causa da situação mencionada no ultimo post. Obrigada a todas!
Esse post também é para agradecer um selinho fofo que recebi de uma leitora frequente do blog, que tem sido uma grande amiga nas horas difíceis. Estou falando da Sandra Portugal, que tem um blog maravilhoso, o Projetando Pessoas, e que sempre se lembra de nós aqui do bloguinho com carinho e atenção. O selinho é este:

Fofíssimo né? E tem um joguinho de perguntas e de presentear outros blogues. Vamos lá.




1 - Complete com uma palavra ... Eu sou uma PESSOA: persistente
2 - Qual foi o seu momento de maior projeção na vida pessoal?
     A maternidade.
3 - Qual foi o seu momento de maior projeção na vida profissional?
     Não tive esse momento ainda.
4 - Como você se projeta no futuro (daqui há 5 anos)?
     Trabalhando muito e curtindo mais a vida
5 - Você já foi responsável por projetar alguém? Como?
     Acho que não.
6 - Qual  é o seu lado sombra, ou o seu maior defeito?
     Sou pessimista.
7 - Que qualidade você mais admira nas pessoas?
     Generosidade.
8 - Qual a sua maior qualidade (na sua visão)?
      Sou gente boa pra caramba.
9 - Qual característica sua é a mais admirada pelas pessoas (é a mais percebida)?
      Bom humor.
10 - Qual foi o seu objetivo, quando decidiu fazer o seu blog?
      Primeiro ganhar uma aposta, depois dividir as agruras da maternidade.
11 - O seu blog melhorou, de alguma forma, a sua vida?
      Sou um pouco mais paciente hoje que no dia em que comecei o blog.

Vejamos agora as regras:
1- Criar um post e responder às questões de quem te deu a Tag;
2- Criar 11 novas perguntas diferentes para passar;
3- Escolher 11 blogs para dar a Tag e colocar o link delas no post;
4- Avisar os 11 blogs que foram escolhidos.

As minhas perguntas são:
1- Como você se define?
2- O que é mais importante na sua vida?
3- Vc gosta do seu traballho?
4- Vc gosta mais de gente ou de bicho?
5- Vc fica triste quando chove?
6- Sua mãe está feliz com a pessoa que vc se tornou?
7- Como gosta de se divertir?
8- O que gosta de ler?
9- Quem é Deus pra vc e o que Ele quer?
10- Ainda é fiel ao seu blog como quando começou a escrever nele?
11- Como reage quando é criticado(a)?

Os escolhidos são:
1- Lola do Antonella e sua boneca.  http://antonellaesuaboneca.blogspot.com.br/
2- Dani do Criança bem vestida. http://criancabemvestida.blogspot.com.br/
3- Susan do Pitico de gente. http://piticodegente.blogspot.com.br/
4- Bia do Bia Mello *nova fase: grávida e feliz. http://bia-mello.blogspot.com.br/
5- Mari do Pequeno guia prático para mães sem prática. http://pequenoguiapratico.blogspot.com.br/
6- Aline do Aline Dexheimer Web Site. http://www.alinedexheimer.com/
7- Rachel do Mãe em desenvolvimento. http://maeemdesenvolvimento.blogspot.com.br/
8- Daiane do Mamãe do Matheus. http://mamysdematheus.blogspot.com.br/
9- Chris do Inventando com a mamãe. http://inventandocomamamae.blogspot.com.br/
10- Geovana do Minha flor de Mariana. http://minhaflormariana.blogspot.com.br/
11- Rogéria do Um espaçço pra chamar de meu. http://umespaoprachamardemeu.blogspot.com.br/


Também queria falar da nossa ida ao cinema. Foi a segunda vez, assistimos Piratas pirados 3D. Alana adorou e foi bem legal. Na primeira vez vimos Gato de Botas e amamos tb. Eu sempre quis iniciar a vida cinéfila da Alana bem cedo, mas o Asperger tem limitações quanto a barulhos altos e tinha medo que ela ficasse com medo e nao quisesse voltar. Mas esperamos o tempo certo e ela estranhou na primeira vez mas gostou. Dessa vez amou e disse que quer vir sempre. Isso é bom pq amo cinema. Foi só o início. Ao lado foto antes do começo do filme. Deu pra sentir os pulinhos, ouvir as risadinhas e ver que ela estava entendendo e curtindo. segurou muito a mão do pai, mas viu o filme todo, sem interrupções. Foi muito legal.

sábado, 5 de maio de 2012

Triste

Ontem fiz uma coisa que me deixou muito triste e não superei ainda. Tentei racionalizar e espantar a culpa mas ainda nao consegui. Resolvi dividir pra ver se o peso diminui. Tenho vindo de semanas corridas e meu sono acumulou. Tomo remedio pra dormir então qdo nao durmo fico grogue e super mal humorada. Acordei e tinha que levar Alana na psicóloga. Embora todas as células do meu corpo dissessem "NÃO LEVANTE, FIQUE QUIETA AÍ E DURMA MAIS", eu levantei e nos aprontamos pra sair. Dormi no onibus, dormi na sala de espera, dormi na volta. Qdo chegamos arrumei almoço e Arrumei Alana pra ir a escola. Levei, esperei ela entrar na sala e voltei pra casa. Almocei e tinha muita coisa pra fazer em casa. Eram 15:30. Mandei uma mensagem pro marido pegar Alana na saida da escola e APAGUEI. Simplesmente apaguei. Acordei com o telefone tocando, era a guria do colégio da Alana, pensei que tinha acontecido algo. Ela disse: Oi, só queria saber se vc vem, porque Alana tá desesperada. Eu disse: Por que?
Ela respondeu: Ela quer saber se vc vem pra APRESENTAÇÃO DOS CASTELOS. Dei um salto, entrei no sapato, que terminei de colocar na rua, fechei a porta e saí voando atras de um taxi. Se eu estivesse sem roupas teria saído sem roupas, porque saí exatamente do jeito que eu estava. Eu esqueci...esqueci da apresentação, esqueci... Fiquei imaginando as maes entrando na sala e ela me esperando, comecei a chorar e implorar pra que alguma taxi parasse. Nada de taxi, peguei um onibus pra ir pra uma avenida mais movimentada, achar um taxi. Cheguei lá ela estava na sala da coordenadora e o evento já tinha acabado. Pedi desculpe, levei uma chamada, Alana surtou, me disseram que ela gritou e assustou as crianças e os pais. Ela estava triste, não me culpou, nao perguntou porque eu nao vim, só me disse que nao queria voltar a escola nunca mais. Quase morri tentando nao chorar na frente dela. Ela ainda ficou no patio um pouco, brincando com s amigas e depois fomos pra casa. Encontramos o pai e fomos jantar na lanchonete da esquina. Ela ficou ótima, aparentemente, se divertiu,  brincou, comeu, e em casa brincou no computador. Eu só chorava, que culpa horrível, me senti a pior das mães, gente, como dói isso. To até agora entre lágrimas e pensamentos racionais: Não foi de proposito, nem descaso, fiz o que pude. Mesmo assim queria que o tempo voltasse e eu pudesse concertar isso. Sei que nao é o fim do mundo, mas porque culpa dói tanto? Foi a primeira vez desde que vendemos o carro que eu realmente desejei ter um de novo. Sei que agora nao dá então nao fico remoendo. Mas ontem eu xinguei muito por nao poder chegar mais rápido, se eu tivesse um carro. É dificil imaginar o quanto ela ficou triste, o quanto ela queria mostrar a parte dela no trabalho, foi muito dificil e está sendo até agora. Se v que está lendo nao acha grande coisa, ok, respeito seu ponto de vista, mas se vc já passou por isso e sabe o quanto dói deixa um comentário de consolo pra mim tá? To precisando...

terça-feira, 1 de maio de 2012

Resuminho

Come muito bem, essa linda!
Andamos sumidas, muita ocupação e muita dor (em mim). Alana está ótima, fazendo mil atividades, jogando muito video game, lendo muitos livrinhos, desejando mil bonecas. A saúde dela está boa, mas estamos passando por processos. Ainda investigando uma possivel puberdade precoce, aumentando a medicação, tentando falar corretamente, ser menos agitada, enfim processos. Está amando a ginastica ritmica e se comportando bem as vezes e mal as vezes. No geral ela vai bem. Ela ama os livros, mas nao ama a escola. Quando ela está lá ela se diverte, mas nao faz nenhuma questão de ir, vai sem reclamar. Se não tem aula ela comemora. Não sei se é porque ela ama ficar em casa. Nunca vi uma criança tão caseira. Ela troca qualquer programa pra ficar em casa. Gosta de jantar fora, nada chique, na lanchonete da esquina. Gosta de ficar na sala com a gente, pergunta se pode. Pede permissão pra quase tudo e quando se lembra de escovar os dentes antes de eu mandar, fica feliz da vida, porque fez algo "sem mandar". Está cada dia mais amiga da Vitória, a cachorra. Eu acho bom, afinal pra que ter cachorro se nao pode brincar. Ficam triste a criança e o cachorro. Então eu abro espaço entre os moveis e largo as duas. A cachorra ama, Alana também. Ela sempre foi cercada de cuidados principalmente de higiene (eu passava alcool nas maçanetas das portas!!!), por causa da fragilidade, mas isso passou, agora é uma criança como as outras e pode rolar no chão com a cachorra (porca seria mais apropriado). Eu to meia boca, mas nao posso reclamar. Frio é sempre mais dificil, mesmo assim conseguimos cumprir (quase) todos os compromissos.   Andamos sem tempo, até o face teve que ser deixado de lado um pouco, porque senão o tempo voa. Enfim, o inverno chegou e nao vejo a hora de virem as férias, tomar chocolate quente e ver filme debaixo das cobertas. Ontem ficamos os três na cama da Alana jogando Sonic, não tirei foto, mas pelo frio que parece vir por aí, assim serão muitas das nossas noites. Coberta, wii, pipoca, chocolate quente. Precisa mais?

quinta-feira, 22 de março de 2012

Psico..mo..sititsi...dade

Gente, é o pior psico de falar e o mais divertido de frequentar. Psicomotricidade. Quem conhece Alana pessoalmente sabe que ela caminha, corre, mas tem limitações por falta de estímulo. Quem sabe um pouquinho da nossa história sabe que ela foi prematura extrema, 830 gramas e 26 semanas, e que teve uma longa internação. Quando veio pra casa ficou por um bom tempo sem estímulos externos, sem contato com outras crianças, cheia de cuidados, enfim, primeiro filho, prematuro, pequeno, frágil, não tinha essa de jogar pra cima e pegar, nada de se pendurar em lugar nenhum, pracinha só tem germes, estimulo motor quase zero. A gente brincava com ela em casa mas tinhamos muito medo de machucá-la.  Teve mais um agravante: filha de pais velhos. Somos velhos, éramos velhos qdo ela nasceu e o lance da cuca fresca passou longe. Tinhamos medo de tudo, depois do perrengue inicial. Então uma das coisas que acontece é que ela tem muito medo de brincar, se pendurar, se balançar. Tem medo de barulhos, gritos (festas barulhentas e pracinhas as vezes a deixam nervosa, outras vezes ela ama). Ela é bem moleca, mas é muito assustada. Parece uma velhinha, reclama da tv alta, das crianças gritando na praça... Depois de anos vendo minha filha na pracinha só no tanque de areia e correndo um pouco pra lá e pra cá tive um momento maravilhoso qdo ela subiu no escorregador pequeno e desceu morrendo de medo. Repetiu várias vezes deu até pra gravar. E também se aventurou na balança. Pensei: chegou a hora de colocá-la em alguma aula de exercício físico. Eu achei que ela ia querer o balé, mas graças ao WII, mas especificamente Mário e Sonic nas olimpíadas ela está apaixonada por ginástica ritmica. E na escola dela tem essa modalidade como extra curricular. A professora disse que ela está indo muito bem, acompanha todos os exercícios. Só está incomodada com a barulheira pois a aula é bem dinamica. Eu vi, é uma loucura, muito pulo, muita risada, tombo, grito. Fiquei apavorada e ela adorou. A professora está sendo muito legal e isso é muito bom. Outra atitude que tomamos foi inciar o trabalho com uma psicomotricista. Ela é um amor, ainda está avaliando a Alana para intervir aonde for preciso. Já me mostrou várias deficiencias, mas tudo tem tratamento. Ela simplesmente amou, até de perna de pau ela já andou. Não gravei, fiquei estática dando gritinhos que misturavam o pavor e o encantamento. Então é isso, estamos atacando a falta de estímulo por todos os lados. Hoje me arrependo de tanto cuidado, mas atribuo tudo ao medo. Medo de machucá-la e ter que voltar pro hospital com ela. Medo de quebrar qualquer coisa nela, enfim, medo. Ainda tenho, mas não me paralisa mais. Agora eu tenho medo e seguimos em frente.

sábado, 17 de março de 2012

Sobre os primeiros dias de aula.

Primeiro dia, reunião geral no ginásio
e cara de foto pra mãe.
Já fazem algumas semanas que Alana está em aula. Agora eu busco e levo, primeiro pq me foi pedido tanto pela escola como pela neuro. Era pra ser algo temporário, por causa da adaptação, mas ela gostou tanto que não quer mais voltar pra kombi. É ruim porque era muito prático pra mim, mas é bom porque conversamos muito mais, posso orientá-la em cada aspecto do que vejo no comportamento dela na escola. Antes eu não via e sempre estava tudo bem, só apareciam os problemas nas reuniões. Eu ficava bem frustrada. Agora, bem como a neuro disse, eu posso agir imediatamente quando vejo algo que possa prejudicá-la. E tenho mais notícias sempre, porque sempre estou lá. Por exemplo, Alana começou a se interessar por umas meninas maiores, bem maiores, que no começo estranharam mas depois começaram a se acostumar com ela sempre por perto. Eu fico observando a distância. Funciona assim: chegamos, ela se despede e vai pro pátio. Nessa hora eu poderia ir embora, mas fico até o sinal bater e as crianças formarem filas e irem pra sala. Ela gosta especialmente de dar tchau e mandar um beijo  quando está subindo as escadas pra sala de aula. Então, no pátio ela pode brincar até o sinal bater pra fila. Eu pude orientá-la sobre como ficar na fila, em qual fila. Essas coisas ela ia acabar aprendendo, mas está recebendo as informações de mim, fica mais atenta e me respeita mais. E quando notei que ela se interessava muito pelas maiores eu comecei a orientá-la, pra voltar a brincar com suas amigas, da sua idade, porque a conversa das grandes não era apropriada pra ela, e até as brincadeiras eram mais complicadas, embora ela quisesse acompanha-las. Ela obedeceu e seguiu a orientação. Estou ficando com fama de louca, porque fico até ela entrar e fico meio escondida, observando. Ela sabe que eu estou lá, mas fica uma coisa meio espiã. Mesmo assim, ela deu um pouco de trabalho na adaptação, tentou dominar as auxiliares com gritos e pitis. A professora nova é bem legal, mas ainda não conhece Alana e todas as suas manhas. ela está sendo bem atenta e me avisando sempre das coisas. E tem ajuda da Karina, uma auxiliar que já conhece bem ela, pois era estagiária da classe dela no ano passado. Estamos trabalhando juntos, finalmente. Não me sinto mais sozinha e cobrada o tempo todo. E ela tem atendido meus pedidos de atenção nos temas e obediência aos professores. Ela não tá facilzinha, mas está melhorando aos poucos. Era certo que ela ia tentar impor sua ditadura alaniana, mas saber logo o que estava acontecendo e agir logo fez toda diferença. Esta sendo bom, mesmo eu tendo que sair todos os dias, minha fibro tá castigando, enfim, tudo tem um preço. Estou feliz com os pequenos resultados e felizinha de um modo geral.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Blogagem Coletiva - Relato de Parto do Blog

Eu nem pensava em blogs. Tinha uma filha pra cuidar, familia longe, curso universitário pra retomar, casa pra limpar, enfim, tempo não era algo que sobrava. Mas o meu marido resolveu fazer um blog pra ele (http://theunrealvision.blogspot.com/ , pra falar de ficção científica no cinema e tv, que é uma coisa que ele ama. Ele estava curtindo tanto fazer aquilo que me disse: "Por que você não começa um blog também? Pode falar da Alana e seus parentes e amigos de longe vão poder saber mais sobre ela."
A minha resposta imediata foi: "Tá louco? Eu lá tenho tempo pra blog? Já me basta atualizar as fotos no orkut e responder quem me manda recado, olhar emails, blog é pra quem não tem o que fazer." Eita boca grande! Daí, sem desistir da idéia meu marido fez um blog pra mim, só me pediu o nome e eu me lembrei do apelido da Alana enquanto estava no hospital: Alaníssima. Era época daquela novela Belíssima e uma enfermeira muito gente boa deu o apelido. Eu ainda não achava uma boa idéia ter um blog, porque nem sabia mexer, ia depender do marido pra fazer as coisas. Nem liguei quando ele disse que estava pronto. Como ele viu o meu desinteresse resolveu pegar pesado. Olha só a proposta: "Você sabia que alguns blogs ficam tão populares que as empresas colocam anúncios e a pessoa ganha dinheiro conforme os acessos dos outros as propagandas. Alguns aceitam até de blogs novos, nem precisa ser popular. Vamos combinar o seguinte, vamos fazer esses blogs funcionar e o primeiro que conseguir um centavo de pagamento por anuncio no blog ganha." Ganha o que? Não importa, sou super competitiva e na hora topei sem nem saber uma linha sobre html. Daí eu sentei e comecei a mexer. Uma amiga minha já tinha um blog  (Bia, do blog http://bia-mello.blogspot.com/) que eu via de vez em quando e achou ótimo que eu tivesse começado o meu. No início só ela e meu marido liam os posts. Sempre gostei de escrever e o negócio começou a ficar prazeroso, daí pra vício foi bem fácil. Comecei a achar tempo pra aprender a mexer no blog sem ajuda, comecei a divulgar as postagens e finalmente abri uma conta no facebook onde conheci outras blogueiras maternas e me achei na vida. Amo esse espaço, amo postar,é muito legal que um monte de gente que nao tem noticias minhas sempre olha o blog e fica atualizado com a vida da gente. Amigos e parentes dão apoio e até brincam com meu vício de blogar sobre tudo que Alana faz, tudo que acontece com ela, planos, decepções, coisas sobre mim, sobre nossa vida aqui em Poa. Enfim, acho que não fico mais sem blogar. Tenho tido pouco tempo pra melhores atualizações, pelo menos mais constantes. Nunca ganhei um centavo, nao tenho anuncios, toda essa brincadeira ficou pra trás. Ganhei amigos virtuais, reais, conheci blogueiras pessoalmente, gente boa de toda parte. Meu parto não foi dificil, afinal quem pariu meu blog foi meu marido. mas eu amamentei e cuido dele. Dou carinho e atenção. Mostro pra todo mundo com orgulho. Meu filho virtual pra falar da minha família real. É isso.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Vida no campo






Vamos falar um pouco das férias na casa da vovó. Fomos conhecer a nova casa do meu irmão. É uma chácara com lago e tudo. Nós amamos. Tinha bastante espaço pra brincar e correr. Alana foi se apropriando do espaço e jogou bola na grama, treinou socos de boxe com luvas e tudo. Nadou na piscina. E pescou. Eu nunca pesquei na minha vida! O laguinho tem vários peixes e os meus sobrinhos pescam bem tranquilos. É uma paz,gente... 

                                                       Lilo na sombra  
                                                    Vovó Angelita e Coto 
                                           (minha mãe e meu outro irmão)


Meu irmão é um cara agitado e tem três meninos. Quando lida com Alana esquece que ela é menina. Ela acha que ele é irmão dos guris, não o vê como tio, porque, como ela disse, ele é muito bagunceiro. Ele é do tipo fácil de fazer amizade, todo mundo conhece e gosta dele. Sempre foi alegre em casa e ainda é bem brincalhão. E foi ele quem levou Alana pra pescar. Ficaram sentados lá, trocando as varas e conversando. Eu fui conferir e lá estavam os dois, discutindo qual vara era de quem. De repente voltam os dois com um negócio na mão. Um peixe, Alana pescou um peixe! Eu não acreditei! Logo pensei no blog, pra contar, era um momento único. Logo meu irmão começou a me "imitar": "Querido blog, hoje Alana pescou." Eu ri né, fazer o que, era exatamente o que eu tava pensando! Todo mundo riu e lá foram eles pegar um recipiente pra guardar o peixe. Eu fiquei aflita, nao queria que o bicho morresse ali, mandei jogar de volta no lago. Acharam uma bacia, colocaram agua normal e agua do lago. O bicho estrebuchava na bacia, coitado. Deram nome: Alano. "Vamos fritar ele?" "Claro que não, joga de volta no lago". "Não, é meu peixe, vou levar pra Porto Alegre". A danadinha nao tinha medo, pegava o bicho e largava na bacia. Eu só pensei: pobre Alano, não vai durar muito. Logo o peixe já nao era mais noticia.


    
                                     Cenas da pescaria com Lalite (meu irmão)



Fomos fazer outras coisas e até onde eu vi ele ainda estava vivo. Fiquei super orgulhosa com minha filha pescadora, o peixe era de respeito, não era aqueles miudinhos, dava um caldo, uma sopa, um assado até. Foi quando apareceu meu sobrinho, o mais novo, Lorran. Ele sempre é parceria nossa qdo a gente vai pra lá. Estava cabisbaixo e eu  queria saber porque. O irmão dele me contou: foi ELE quem pescou o peixe. Alana tava segurando a vara, mas o processo todo de puxar e pegar foi dele. E ele ficou magoado, o mérito era dele e ninguem dizia nada. Alana levara os louros da conquista. O detalhe é que o Lorran só tem tamanho, ele tem 12 anos, ficou sentido, nunca tinha pescado um daquele tamanho. Pedi desculpas pra ele, mas o estrago estava feito. Todos que vinham ver eram notificados de que Alana tinha pegado um peixe. Fiquei triste por ele, mas como ele é maior que ela, nas familias grandes funciona assim, você tem que deixar o menor levar a fama, porque você é maior e entende. Dividi os méritos, mas nao foi o suficiente pra conseguir uma foto dos três. Alano em agonia, Alana eufórica e Lorran...ah, ele é grande, ele entende. Né? 


                                        No colinho da Vânia (minha cunhada)
 
                                       Lorran, o pescador (viu como ele é grande?)

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Você está de castigo! E eu também.

Alana de castigo, Vitória não.
Castigo. A frase "isso vai doer mais em mim do que em você" explica totalmente o que sinto quando Alana tá de castigo. Me dói muito proibi-la das coisas que ela mais gosta. Mas é necessário. Bater definitivamente não funciona e dói mais ainda em mim. E se a Dilma assinar vira crime. Aí complica. Alana resolveu que não se comporta mais na rua. Sempre que saímos tem um piti, uma manha, um sono inesperado, paralisia nas pernas, quero colo (6 anos! 26 kg!!!). Ela sempre foi comportada na rua. Claro que deu seu trabalho, mas nada além do esperado e agora que está maior todo escândalo é inesperado. Só que ela "tá nem aí" , bota a boca, chora e bate o pé. Humilhação materna total, cada vez que eu tento conversar baixinho, sem chamar a atenção ela aumenta o som e grita mais, chora mais e bate o pé. Ainda não foi pro chão mas falta pouco, eu sinto que falta muito pouco. Resultado: castigo. Tiramos tudo: tv, computador, video game. Bonecos estão liberados. Já fizemos antes, deu resultado. Agora ela além de ficar de castigo fica nos lembrando que está de castigo, que se comportou mal, que agora está se comportando bem e que logo o castigo vai acabar. Eu fico torcendo pra ela se comportar mesmo, sair logo do castigo, gosto de vê-la brincando, gosto de sair com ela, dar brinquedo, fazer coisas de criança, comprar livrinhos. Parece que eu to de castigo também. Justo agora que estamos de férias...A única parte boa é que sobrou computador. Eu nunca consigo ficar um tempo, sempre tem fila ou alguém usando. Pior que banheiro em casa cheia de filho, como foi na minha infância. Gente, casa com 5 homens, 3 mulheres e um banheiro é castigo pra lembrar a vida toda. Enfim, quando acabar o castigo, espero que hoje, vamos dar umas voltas na cidade a procura de programas infantis. Alguém tem alguma sugestão? Divertir crianças em Porto Alegre? Só pra ajudar: estamos mais pra Palavra Cantada e livrarias do que Galinha Pintadinha e McDonald's. Nada, absolutamente nada contra, só uma questão de gosto mesmo. Contra mesmo só contra Michel Teló. Aqui nesse blog ninguém "pega nada". Pelo menos não nesse sentido, nem nesse ritmo, nem nessa moda horrorosa. Preservemos nossas células cerebrais, um dia podem ser úteis...

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Voltando

Na espera pra ir na vovó Angelita
Toda vez que me afasto do blog e volto quero contar tudo num post só. Tenho que distribuir bem pois sempre tem tanta novidade. O ano passado foi muito bom pra Alana (exceto no período das mudanças de casa). Ela conseguiu se sair bem na escola e cursará o primeiro ano neste ano. Isso sempre foi uma dúvida pq não sabíamos se ela estava preparada, mas está. Conversando com as profissionais que cuidam dela fui informada de que devo me envolver mais com a escola e as atividades escolares diárias da Alana. De alguma forma eu devo comparecer na escola se não diariamente com certeza algumas vezes por semana. Devo acompanhar de perto o desenvolvimento escolar dela e seu comportamento para resolvermos os problemas assim que eles se apresentam. Isso não acontecia nos outros anos porque os problemas me eram relatados nas reuniões com a professora ou a coordenadora, ou ambas. As psico (psicologa, psicopedagoga, neuro) acham que estando mais presente poderei lidar melhor com as situações. Francamente, isso me apavora. Sei que não estarei lidando com tudo sozinha, mas me sinto meio sobrecarregada. Sei que a responsabilidade é minha e que tem os profissionais pra me ajudarem e, é lógico, tem o pai, sábio e calmo pai. Mas estou com medo, sinto que deveria ter feito pedagogia pra me sentir apta. Enfim, com medo ou não, temos muito trabalho a fazer. As mudanças de casa me afetaram muito e não fui tão bem quanto poderia na faculdade. Fiquei arrasada com isso, me senti inútil e burra. Mas olhando pra trás vi que várias partes da minha vida foram afetadas o ano passado de forma negativa. Não rendi em quase nada e sei que as mudanças tiveram uma influencia enorme na minha saúde física e mental. Ainda não acabou a bagunça, mas pelo menos estou em casa. É claro que a culpa nao é só da bagunça que virou a minha vida, mas também da maneira como eu reajo as coisas. Tenho que ser mais positiva e disciplinada. É difícil povo, mas não desisti. Como eu sempre ouço aqui em casa, isso não é uma opção. Sobre a curta viagem a sampa eu conto depois, tudo aos poucos, povo, aos poucos.

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