domingo, 9 de março de 2014

De volta.

Minha flor!
Pela milésima vez vamos tentar reativar esse canal de comunicação. Tenho ficado muito no face, por que temos sempre uma resposta rápida a cada post, então o blog ficou abandonado, mas acho que ele é o canal ideal pra falar com mais profundidade sobre o que queremos. 
Alana está bem, mas ainda não está no ideal. Está com problemas de aprendizagem, segundo a coordenadora da escola. Eu nao acredito. Eu simplesmente nao vejo como eles veem, mas tenho que aceitar certar intervenções. Esse ano eles querem focar na aprendizagem e nao no comportamento. A professora desse ano é mais experiente que a do ano passado. Parece ser mais paciente também. Não vou comparar as duas, são pessoas e formações diferentes. A prof Camila do ano passado fez o possivel pela Alana mas nós tivemos algumas rusgas durante o processo. Não ajudou em nada, mas aconteceram e pronto. A prof desse ano se chama Elaine, tem filhos, deve ter a minha idade mais ou menos. Desde o início se mostrou bem paciente e acessível. Ainda gostaria de conversar mais com ela sobre o comportamento da Alana pra que ela nao seja surpreendida. Mas como falei esse nao é o foco desse ano. Vamos ter que focar na aprendizagem. Na matemática. Ainda nao sei se isso vai ser bom mas por hora vamos ver como ela se sai na aprendizagem do dia a dia, nao nas provas. Sinto que ela nao tem vontade de ir a aula, mas gosta do ambiente, dos amigos, da biblioteca. Como disse o psicólogo da escola as brincadeiras sempre vão ganhar da hora de estudar. Sempre. Não sei muito o que esperar este ano. Não fiquei mais paciente, mas fiquei mais compreensiva. Com Alana, nao com as pessoas que lidam com ela. Ainda nao to nesse nível espiritual. Ainda com a saúde fragil, física e espiritual. Ainda com problemas pra lidar com derrotas, com descaso, com a falta de produtividade, a falta de dinheiro. Estou fazendo terapia também. Isso é novo e esquisito. A moça é um doce, uma criatura amável, bonita, educada. Uma flor. Ainda não sei como lidar com ela. Ainda não sei se está ajudando, são dois meses e me sinto muito exposta (EU, EXPOSTA, QUEM DIRIA?). Alana continua na musicoterapia, na psicóloga e na psicopedagoga, alem das consultas regulares com a neuro. Ainda com medicação. Está mais criativa, mais carinhosa, muito mais falante, comunicativa. Ainda medrosa, ainda preguiçosa. Alana é uma criança muito boa de lidar, de fácil trato. Fico me perguntando o quanto ela seria maravilhosa se nao houvesse o autismo. Será que seria mais do que já é? Não sei. Sonho as vezes com a vida sem autismo. Sei que nesse mundo isso provavelmente nao acontecerá, mas ainda não o engoli. Acho que no dia que isso acontecer eu terei vencido na vida. 

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